Hoje à noite,por ironia,ao ver uma reportagem na televisão me lembrei que era o dia da morte de um grande representante da nossa música e simbolo musical maior do nosso folclore:Maestro Heitor Villa Lobos,
autor de "As Bachianas" e dos 16 Choros.
Villa Lobos nasceu no Rio de Janeiro,em 5 de março de 1887.Seu pai faleceu quando ele tinha 12 anos,idade com a qual começou a compor sua primeira música e a manter contato com os famosos chorões,
que era o apelido dado aos músicos que tocavam Choro.Dentre eles:Ernesto Nazareth e Anacleto de Medei-
ros.Influenciado pelo gênero,aprendeu a tocar violão sozinho.
Em sua obra,podemos ver que,de início,foi influenciado eplo romantismo francês e por Wagner e Puccini,tendo mais tarde identidade musical própria,a começar pelas peças Amazonas e Uirapuru(ambas de 1917).Foi aí que Villa Lobos passou a falar da nossa pátria e de coisas relacionadas à ela,como os índios,a
nossa flora e fauna.Também soube adicionar o clássico ao popular,compondo também serestas.Compôs"As
Bachianas",inspirado em Johann Sebastian Bach,passando para o período Neobarroco.
Heitor Villa Lobos,mesmo não sendo bem recebido pela crítica da época(chegou até mesmo a ser vaiado em um de seus concertos),mostrou uma musicalidade impar,mergulhando em seus recursos artísticos,
erguendo a bandeira do nosso país através de sua música(falando nisso,a obra de Villa Lobos já era rica e continua sendo)e aproveitando suas viagens por todo o Brasil para passar essas experiências para a pauta.
Como mestre que é mestre nunca deixa de ter o seu renome,teve seu reconhecimento carimbado não somente no Brasil,mas em território estrangeiro,passando pela Europa,graças ao esplendor de sua obra
e criatividade sempre ativa.Em sua música,pode-se ouvir também o som dos pássaros,além de combinações instrumentais absolutas.
Com o apoio de Getúlio Vargas,estabeleceu o ensino do canto orfeônico.Além disso,recebeu inúmeros títulos como:Doutor Causa Honoris,pela Universidade de Nova York e de fundador da Academia Brasileira de Música.
Hoje,50 anos depois de sua morte,tem suas peças interpretadas por diversos coros e orquestras do Brasil e do mundo,como também é muito homenageado em todo canto.É aí que fica aquele ditado:o cor- po se vai,mas a obra permanece.
